A preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias como a reciclagem do lixo. Além de aliviar os lixões e aterros sanitários, grande parte dos resíduos sólidos gerados em casa pode ser reaproveitada. A reciclagem economiza recursos naturais e garantem a sobrevivência dos catadores.
Para incentivar a reciclagem, o vereador Márcio Bins Ely apresentou o projeto de lei 259/17, que cria o Programa Câmbio Verde destinado a oferecer desconto na taxa de lixo para as residências e prédios comerciais, que separam os resíduos sólidos recicláveis. Segundo o vereador, o objetivo é aperfeiçoar as estratégias de gestão pública sustentável do setor:
– É importante estimular a separação do lixo, incentivar a reciclagem e a inclusão social dos catadores, além de dar o destino correto aos resíduos sólidos.
O programa prevê inicialmente o cadastro dos envolvidos no processo: residências, prédios comerciais, centrais de triagem, sucateiros ou recicladores que aderirem ao projeto.
A lei também define normas para que as centrais de triagem, sucateiros e recicladores emitam um comprovante mensal da doação para a unidade residencial ou comercial, com o tipo e a quantidade dos resíduos. Essas informações deverão ser repassadas à Prefeitura pelos doadores e receptores.
O valor que a Prefeitura deixou de gastar com a coleta, transporte e destinação final, servirá de base para o desconto de, no máximo, 70 por cento da taxa de lixo, conforme os seguintes critérios:
1. 40 por cento do valor economizado com o gerenciamento dos resíduos sólidos para doações de 400 kg/ano a 500 kg/ano;
2. 50 por cento para doações superiores a 501 kg/ano e inferiores a 1.500 kg/ano;
3. 55% para doações superiores a 1.501 kg/ano e inferiores a 2.500 kg/ano;
4. 57,5 % para doações superiores a 2.501 kg/ano.
A lei deve ser aplicada com base na Planilha Anual do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento (SNIS), elaborada pelo Ministério das Cidades.
Como separar o lixo doméstico:
– Não misture materiais recicláveis com orgânicos – sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes. Coloque plásticos, vidros, metais e papéis em sacos separados.
– Lave as embalagens do tipo longa vida, latas, garrafas e frascos de vidro e plástico. Seque-os antes de depositar nos coletores.
– Papéis devem estar secos. Podem ser dobrados, mas não amassados.
– Embrulhe vidros quebrados e outros materiais cortantes em papel grosso (do tipo jornal) ou colocados em uma caixa para evitar acidentes. Garrafas e frascos não devem ser misturados com os vidros planos.
O que não vai para o lixo reciclável:
-Papel-carbono, etiqueta adesiva, fita crepe, guardanapos, fotografias, filtro de cigarros, papéis sujos, papéis sanitários, copos de papel.
– Cabos de panela e tomadas.
– Clipes, grampos, esponjas de aço, canos.
– Espelhos, cristais, cerâmicas, porcelana.
– Pilhas e baterias de celular devem ser devolvidas aos fabricantes ou depositadas em coletores específicos.
O que fazer com as embalagens mistas feitas de plástico e metal, metal e vidro e papel e metal:
Nas compras, prefira embalagens mais simples. Mas, se não tiver opção, desmonte-a embalagem separando as partes de metal, plástico e vidro e deposite nos coletores apropriados. No caso de cartelas de comprimidos, é difícil desgrudar o plástico do papel metalizado, então descarte-as junto com os plásticos. Faça o mesmo com bandejas de isopor, que viram matéria-prima para blocos da construção civil.
Outras dicas:
Papéis: todos os tipos são recicláveis, inclusive caixas do tipo longa-vida e de papelão. Não recicle papel com material orgânico, como caixas de pizza cheias de gordura, pontas de cigarro, fitas adesivas, fotografias, papéis sanitários e papel-carbono.
Plásticos: 90 por cento do lixo produzido no mundo são à base de plástico. Por isso, esse material merece uma atenção especial. Recicle sacos de supermercados, garrafas de refrigerante (pet), tampinhas e até brinquedos quebrados.
Vidros: quando limpos e secos, todos são recicláveis, exceto lâmpadas, cristais, espelhos, vidros de automóveis ou temperados, cerâmica e porcelana.
Metais: além de todos os tipos de latas de alumínio, é possível reciclar tampinhas, pregos e parafusos. Atenção: clipes, grampos, canos e esponjas de aço devem ficar fora.
Isopor: Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. No entanto, esse processo não é economicamente viável. Por isso, é importante usar o isopor de diversas formas e evitar ao máximo o seu desperdício. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos. Algumas empresas transformam em matéria-prima para blocos de construção civil.
Curiosidades:
A reciclagem de uma única lata de alumínio economiza energia suficiente para manter uma TV ligada durante três horas.
Cerca de 100 mil pessoas no Brasil vivem exclusivamente da coleta de latas de alumínio e recebem em média três salários mínimos mensais, segundo a Associação Brasileira do Alumínio.
Uma tonelada de papel reciclado economiza 10 mil litros de água e evita o corte de 17 árvores adultas.
Cada 100 toneladas de plástico reciclado economizam uma tonelada de petróleo.
Um quilo de vidro quebrado faz 1 quilo de vidro novo e pode ser infinitamente reciclado. O vidro pode ser infinitamente reciclado.
O lacre da latinha não vale mais e não deve ser vendido separadamente. As empresas reciclam a lata com ou sem o lacre. Isso porque o anel é pequeno e pode se perder durante o transporte.
Para produzir uma tonelada de papel é preciso 100 mil litros de água e 5 mil KW de energia. Para produzir a mesma quantidade de papel reciclado, são usados apenas 2 mil litros de água e 50 por cento da energia.