Abertura do complexo aos domingos, que é uma das propostas para a concessão a um investidor privado, gera polêmica.

Neste ano a Prefeitura Municipal de Porto Alegre tornou público o processo de concessão do Mercado Público. A iniciativa está gerando polêmica entre os permissionários, as principais reclamações são a falta de projeção sobre o que vai acontecer com os futuros aluguéis e as atuais permissões, além das eventuais mudanças em características típicas do espaço.

 

O Vereador Márcio Bins Ely lançou um abaixo-assinado para que a população possa manifestar a contrariedade à concessão para iniciativa privada do Mercado Público. Para Márcio Bins Ely a iniciativa trará grandes prejuízos aos mais de 1.200 trabalhadores, além dos seus familiares, que se sustentam dessa atividade e para a população de Porto Alegre com uma possível descaracterização do tradicional espaço da cidade.

 

"O Mercado público de Porto Alegre é um dos espaços mais importantes da nossa cidade. São 150 anos de muitas histórias, trazendo aos porto-alegrenses produtos de qualidade. Um local de grande encontro da população, de tradição e cultura. A decisão de privatizar o Mercado Público de Porto Alegre pode afetar os mais de 1200 trabalhadores que se sustentam dessa atividade, dificultando assim a vida de diversas famílias e também consumidores. Mesmo sem o apoio dos permissionários e da população da cidade, o Prefeito quer entregar o Mercado Público à concessão privada, descaracterizar o espaço e desrespeitar a preservação da tradição da religião de matriz africana e da cultura do Rio Grande do Sul. A proposta irá prejudicar não só a população, mas também os permissionários que poderão perder seus negócios ou até mesmo pagarem aluguéis abusivos. Também será prejudicada a comunidade afro-religiosa que não mais poderá realizar seus preceitos ligados ao mercado a quase 100 anos". Afirma o Vereador Márcio Bins Ely